O brilho de um troféu ou o arrepio de um sentimento?

Estive a observar as pessoas, alias, é o que sempre fiz e o que mais faço. Percebi o quanto as pessoas, uma boa porcentagem, prefere mais ter um troféu do que um sentimento. Sim! Elas preferem exibir do que sentir. Eu penso diferente, sinto diferente. Não quero um troféu, pois troféis você apenas os guarda na sua estante, exibindo-os com orgulho. Troféis são vazios, tem todo seu brilho porém você esquece-os, deixando assim os mesmos se encherem de poeira. Sentimentos você sente, assim como a própria palavra diz, sentir , você vive! Não quero promessas de um amanhã mais florido, quero certezas, quero olhar o jardim e ver que realmente estão a florir. Não quero fotos, as fotos muitas vezes enganam, escondem a realidade. Quero brisas leves de outono, não calores intensos de verão, pois estes te queimam, porém descascam sua pele, ardem. Preciso sentir o cheiro da primavera, não o frio do inverno, pois este resseca a pele. Quero desejar muito mais que isso, quero bem menos do que desejar. Quero ter, sentir, presenciar. Troféis lhe causam sentidos, porém não lhe causam segurança, podem quebrar com o tempo. Sentimentos lhe causam arrepios e se verdadeiros, lhe causam certezas. Preciso de segurança, de magia, de verdades. Para falar a verdade, talvez preciso mesmo é não precisar. Precisar é inseguro, é frágil. E para eu, troféis são frágeis, empoeirados e sem vida. É isso, descobri, preciso de vida, de vibrações positivas e de um beijo apaixonado.

Eduh.