A viajem

Venho por meio desta carta, mostrar-lhes um novo mundo.
Venho por meio desta, avisar sobre meu novo mundo, sozinho.
Estou entrando neste ônibus, pois preciso de um novo caminho.
Peço a todos, não me deixem partir, me agarrem enquanto suas mãos podem me atingir.

Venho por meio desta singela carta, avisar-lhes sobre um novo horizonte.
Estou partindo para um jardim bem distante.
Vou, pois aqui já não respiro, mesmo querendo ficar, melhor ir, abandonar.

Não estou indo, para fugir de algo ou alguém,
Estou apenas indo pois preciso viver, de um novo ar pra respirar, de novos sonhos pra planejar.

Não pensem que irei esquecê-los, jamais o faria, voltarei, um dia.

Voltarei para abraçar-lhes, contar minha aventura, sentir de novo toda essa ternura.
Um ambiente que só vocês têem, um abraço que jamais encontrarei em ninguém.
Um sorriso de ofuscar minhas vistas, um brilho parecido com o do sol.
Um olhar penetrante, um cheiro inexplicável, um rosto angelical.

Se ainda sentires vontade de me ter por perto, suplico, me segure, pois estou decidido.
Irei em questões de dias, ou talvez minutos, portanto, seja rápido, não darei mais nem um minuto.
Já dei muito tempo, já soube esperar, já agi mostrando meus sentimentos, e agora, o que você fará?

Finalizo esta carta, esta singela mensagem, dizendo o quanto me dói ter de ir, porém nem tudo esta perdido, a sempre algo que podemos fazer, basta a gente querer.
Aviso que depois não terá mais jeito, mas também aviso, que toda essa viajem, me dói o peito.

Deixo agora em suas mãos, reflita hoje mesmo então, pois meu ônibus vai partir e deste eu não irei abrir mão.

Eduh.